terça-feira, 3 de junho de 2008

Pragas de Antrópodes


O filo dos artrópodes inclui a maioria das espécies potencialmente causadoras de pragas. Assim, reveste-se de especial importância, a identificação das diversas espécies de artrópodes consideradas como potenciais pragas urbanas, que se deve apoiar em critérios específicos que permitam de uma maneira simples e fiável conhecer uma determinada espécie num dado espaço e numa determinada etapa do seu ciclo biológico. Os artrópodes apresentam as seguintes características morfológicas gerais:

- Corpo segmentado (articulado), com os segmentos agrupados em duas ou três regiões distintas- Apêndices (patas, antenas) em número par, segmentados- Esqueleto externo que se renova periodicamente- Simetria bilateral

O filo dos artrópodes inclui várias classes a que pertencem espécies causadoras de pragas urbanas, cujas características gerais são:

- Crustacea – a maioria tem dois pares de antenas e pelo menos cinco pares de patas. Exemplo: bichos-da-conta

- Diplopoda – Corpo formado por diversos segmentos semelhantes com excepção do primeiro que constitui a cabeça. Cada segmento com dois pares de patas articuladas. Antenas pequenas.

Exemplo: maria-café
- Chilopoda – Corpo muito segmentado, tal como os anteriores. Cada segmento com um par de patas. Antenas grandes. Exemplo: centopeias
- Arachnida – Cabeça e tórax unidos formando o cefalotórax. Adultos com quatro pares de patas, um par de quelíceras, um par de pedipalpos. Sem antenas. Geralmente desenvolvimento sem metamorfoses. Exemplo: aranhas, ácaros, carraças, escorpiões.
- Insecta – Corpo dividido em cabeça, tórax e abdómen. Um par de antenas. Normalmente um ou dois pares de asas. Três pares de patas. Exemplo: moscas, mosquitos, baratas, percevejos

No caso dos artrópodes, e especialmente dos insectos, os conhecimentos de sistemática e de chaves para a identificação de espécies tem para os profissionais de controlo de pragas uma importância acrescida. Além da apreciação das características morfológicas que permitem identificar uma praga utilizando chaves de identificação, também os conhecimentos dos hábitos (alimentares e outros) das diversas espécies e das suas características biológicas é imprescindível para a identificação, nomeadamente quando não são capturados elementos das espécies.

A maioria dos insectos desenvolve-se a partir de ovos. Estes são depositados pelas fêmeas normalmente em locais protegidos no meio ambiente, nos hospedeiros no caso das espécies parasitas, juntos numa cápsula ou ooteca como é o caso das baratas, individualmente ou em massas, soltos ou fixos a objectos diversos.

O crescimento dos insectos é feito em estadios separados por mudas, ou seja pela substituição do esqueleto rígido externo que possuem. O número de mudas varia com a espécie. Além das alterações do tamanho, muitas espécies de insectos alteram também a sua forma durante o crescimento, processo que é conhecido por metamorfose. Relativamente a este aparência existem quatro tipos de insectos:

- Sem metamorfoses Ao longo do crescimento verifica-se apenas um aumento de tamanho, sem ocorrerem alterações da forma. Exemplo: peixinhos de prata - Metamorfose gradualDistinguem-se três etapas de desenvolvimento: ovos, ninfas e adultos. As ninfas, assemelham-se aos adultos em termos de forma, hábitos alimentares e outros. As alterações da aparência são muito graduais excepto a presença de asas que só atingem um desenvolvimento completo nos adultos.

Exemplo: baratas, percevejos das camas- Metamorfose incompleta As alterações da forma são superiores às que se verificam nos artrópodes de metamorfose gradual. Os jovens, têm uma forma e hábitos diferentes dos adultos.

Exemplo: algumas moscas.- Metamorfose completa Distinguem-se quatro etapas de desenvolvimento: ovos, larvas (com vários estadios), pupas e adultos. Exemplo: escaravelhos, traças, algumas moscas, pulgas, formigas, abelhas, vespas. A larva, forma que sai do ovo, tem frequentemente hábitos diferentes dos adultos e é causadora de estragos (exemplo larva da traça da roupa), o que justifica a importância do conhecimento dos hábitos e características biológicas das várias etapas.Embora seja conhecida como fase de repouso, a pupa é uma das etapas mais activas do desenvolvimento dos insectos já que é durante esta se desenvolvem as estruturas corporais adultas. Os adultos emergem da cápsula pupal, não ocorrendo qualquer desenvolvimento posterior.


Fonte:
http://www.vetpermutadora.pt/pragas_antropodes.htm

sábado, 31 de maio de 2008

Célula combustível microbiana gera hidrogénio e descontamina meio-ambiente

Utilizando um novo tipo de célula a combustível microbiana, electricamente assistida, cientistas conseguiram criar um novo processo que permite que as bactérias capturem quatro vezes mais hidrogénio directamente da biomassa do que é possível com os actuais processos de fermentação. A pesquisa foi feita na Universidade Penn State.Segundo o professor Bruce Logan, um dos criadores da nova célula a combustível microbiana, ela pode ser utilizada em qualquer material biodegradável, como a matéria orgânica de fontes tão variadas quanto lixo humano, agrícola ou águas servidas pela indústria. Além de capturar o hidrogénio, a nova célula também limpa a água contaminada. Os processos de fermentação actuais exigem que a biomassa seja à base de carboidratos."Embora não exista lixo de biomassa suficiente para sustentar uma economia à base de hidrogénio, esta forma de produção de energia renovável poderá ajudar a diminuir os elevados custos do tratamento de águas poluídas, assim como oferecer uma contribuição para os países capazes de empregar o hidrogénio como fonte de energia," afirma o Dr. Logan.O artigo "Produção Microbiana de Hidrogénio Eletroquimicamente Assistida a partir de Acetato," foi submetido para publicação no periódico Environmental Science and Technology.No trabalho, os cientistas explicam que a produção de hidrogénio pelo processo de fermentação bacteriana é actualmente limitado pela "barreira da fermentação" - o fato de que as bactérias, sem o auxílio de uma fonte externa de energia, somente conseguem converter carboidratos e, ainda assim, gerando uma quantidade limitada do gás. O processo também gera subprodutos, como os ácidos acético e butírico.O professor Logan e sua equipe resolveram o problema dando uma "pequena forcinha" às bactérias - cerca de 0,25 volts. O resultado foi a quebra dos ácidos e sua conversão em hidrogénio e dióxido de carbono."Basicamente nós utilizamos a mesma célula a combustível microbiana que desenvolvemos para limpar águas poluídas e produzir electricidade. Entretanto, para produzir hidrogénio, nós mantivemos o oxigénio fora da célula e adicionamos uma pequena quantidade de energia no interior do sistema," afirma o cientista.



Fonte
http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&q=Bact%C3%A9ria+microbiana&meta=cr%3DcountryPT

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Nos diferentes locais em que se encontram, os seres humanos contactam com espécies animais. Muitas destas são benéficas, como produtoras de alimentos, como animais de companhia ou como predadores de espécies indesejáveis, enquanto outras, as que causam as pragas, desencadeiam situações de risco para a população humana porque mordem, porque picam, porque transmitem doenças, porque deterioram alimentos e outros bens ou, mais simplesmente, porque de diversas formas, directa ou indirectamente, provocam incómodo ao homem.

As pragas podem dividir-se em agrícolas e não agrícolas ou urbanas, definindo-se as últimas como as que actuam nos núcleos urbanos, nas actividades que ali se realizam e no meio envolvente transmitindo doenças infecciosas, estragando ou perturbando o habitat e o bem estar humano. O controlo das pragas urbanas tem então como finalidade a protecção da saúde e do bem estar da população, impedindo a partilha dos alimentos, das habitações, dos locais de trabalho e recreio, entre outros, com insectos, roedores e outras espécies causadoras de pragas.

O controlo de pragas urbanas pode ser definido como um sistema que inclui medidas preventivas e correctivas, de modo a que as espécies que causam as pragas sejam mantidas em níveis que não conduzam à ocorrência de problemas significativos. Os programas de controlo de pragas devem assim incluir diversos níveis de intervenção, abordagem designada Controlo Integrado de Pragas.

Pretende-se com esta abordagem optimizar as técnicas de controlo de pragas tendo em consideração critérios ecológicos, económicos e toxicológicos. Assim, o Controlo Integrado de Pragas inclui a inspecção dos locais afectados, a identificação e o conhecimento detalhado da praga, a determinação da necessidade do controlo e o planeamento das actividades a desenvolver, a implementação de medidas de controlo e finalmente a supervisão das medidas implementadas e a avaliação dos resultados obtidos.

Entre os filos que compõem o reino animal, o dos artrópodes é aquele que compreende o maior número de espécies envolvidas nas pragas em geral e nas que interferem com o habitat humano em particular. Destacam-se em especial os insectos, classe que engloba quase dois terços das espécies descritas como de risco para o ecossistema humano. O filo dos cordatos é neste aspecto o segundo mais importante; inclui, entre outras, as classes das aves e dos mamíferos a que pertencem também importantes espécies causadoras de pragas urbanas

As espécies que causam pragas urbanas podem ser divididas ou classificadas de diversas formas. É frequente o seu agrupamento em função do tipo de problemas que causam ao homem e ao seu habitat, como por exemplo em pragas dos alimentos armazenados, pragas dos tecidos, pragas do papel, pragas da madeira, pragas provocadas por espécies que mordem, picam e provocam irritação, pragas ocasionais, etc. Ainda que muitos destes grupos se sobreponham, a classificação de uma praga num grupo apropriado permite aos profissionais que lidam com estes problemas conhecer os aspectos mais importantes do comportamento da praga, informar o cliente sobre os hábitos específicos dessa praga e ajudar outros profissionais do ramo a planear e a conduzir um programa de controlo adequado.

As pragas que afectam alimentos armazenados são inúmeras. Infestam armazéns de cereais, comboios, barcos e camiões utilizados para o seu transporte, restaurantes, fábricas de processamento de alimentos, habitações, estabelecimentos comerciais, etc., ingerindo os alimentos destinados ao homem e contaminando-os, o que leva a prejuízos consideráveis. As pragas que afectam os produtos alimentares podem ser de dois tipos: as atacam os alimentos apenas para os ingerir (por exemplo, roedores, baratas e formigas) e as de espécies que dependem desses alimentos para completar o seu ciclo biológico (por exemplo gorgulho e traças).

As espécies que pertencem ao primeiro grupo não são normalmente muito selectivas quanto ao tipo de alimento, passando-se o contrário com as do segundo. Algumas pragas dos alimentos armazenados podem ter origem no campo antes da colheitas, enquanto outras apenas infestam os produtos durante as fases de processamento e armazenamento.

Os insectos que infestam os tecidos podem causar prejuízos importantes. Além de perdas no seu fabrico e nas operações de armazenamento, há ainda que ter em conta os prejuízos de menor escala causados a nível doméstico.

Os materiais infestados incluem vestuário, componentes do mobiliário como tapeçarias, almofadas e revestimentos de lã de qualquer outra peça. As fibras e os materiais sintéticos apenas acidentalmente são afectados, devendo-se geralmente a sua destruição à presença de manchas provocadas por alimentos gordos, por secreções corporais ou por outros resíduos que são objecto do ataque dos insectos.

As pragas dos insectos dos tecidos são problemáticas devido à capacidade que aqueles têm para digerir a queratina, principal proteína constituinte por exemplo dos cabelos, das unhas e da pele nos humanos, e das penas, dos cornos, dos pelos, da lã noutras espécies. Esta capacidade particular de digestão da queratina, aliada ao uso frequente pelo homem de tecidos de lã e outras peles de animais, constituem a base dos problemas de pragas que afectam os tecidos.

As peles, os couros, as penas, as colecções de insectos ou outros animais, bem como qualquer alimento armazenado como carne, peixe e produtos lácteos são também vulneráveis a pragas destes insectos. Existem ainda outras espécies que destroem tecidos por mastigação mas não digerem a queratina, como por exemplo os peixinhos de prata, as baratas e os grilos.

Embora a sua utilização nos edifícios tenha sido consideravelmente reduzida, a madeira encontra-se bastante difundida no ambiente humano. Diversas espécies podem afectar este material, nomeadamente térmitas e carunchos.
Outras espécies causadoras de pragas no interior dos edifícios e nos bens que ali se encontram são por exemplo os piolhos dos livros e os peixinhos de prata. Vivem também na proximidade dos edifícios e por vezes podem provocar pragas as aranhas, os grilos, as abelhas, as vespas, as formigas, as bichas cadelas, as maria-café e as centopeias.

As reacções humanas às espécies que picam, mordem ou provocam irritação são diversas, desde as praticamente inexistentes até a tumefacções ou outros problemas alérgicos de extensão alarmante. Por outro lado, muitas das espécies causadoras destas pragas transmitem ao homem agentes etiológicos de doenças infecciosas. As principais espécies que se incluem neste grupo são artrópodes, como as carraças, os ácaros, os piolhos, as pulgas, os percevejos, os mosquitos, as moscas, as abelhas, etc.

A sua origem pode ser diversa, nomeadamente a partir do exterior pelas portas e janelas, de animais presentes nas habitações, de outros humanos directamente ou por partilha de bens e utensílios, de alimentos, de instalações sanitárias públicas.

Muitas das espécies referidas incluem-se no grupo das designadas ‘pragas ocasionais’, ou seja as que vivem no exterior e em determinadas ocasiões, atraídas por factores diversos, entram nos edifícios mas não completam aqui o seu ciclo de vida. Normalmente não provocam danos elevados e a sua presença é considerada inofensiva. Muitas pragas ocasionais entram nos edifícios enquanto voam durante a noite atraídas pela luz; algumas são comuns às diversas regiões do globo, enquanto outras têm incidência apenas em determinadas regiões; algumas causam danos elevados no mobiliário e outro equipamento doméstico, enquanto que outras são venenosas ou produzem reacções alérgicas.

Os métodos disponíveis para controlo de pragas urbanas podem dividir-se em passivos e activos, incluindo este grupo meios mecânicos, físicos, químicos e biológicos.
Antes de aplicar qualquer dos métodos referidos, tanto com finalidades preventivas como de tratamento, as primeiras medidas de controlo devem sempre orientar-se no sentido de contrariar os factores necessários para a sobrevivência e desenvolvimento das pragas, ou seja, basicamente, a disponibilidade de alimento, água e refúgio.


Assim, devem ser sempre implementadas, ou corrigidas, as medidas de higiene e saneamento necessárias para controlar aqueles factores e outros favoreçam o estabelecimento das pragas. A utilização de meios passivos, como a colocação de estruturas que permitam isolar as habitações e outros locais (grelhas nas aberturas de ventilação, redes nas janelas, etc.), poderá então ser considerada. Em seguida, é também necessário na maioria dos casos adoptar medidas baseadas na utilização de meios químicos, físicos, mecânicos ou biológicos, que associadas às anteriores contribuem para um controlo integrado dos problemas.


Fonte
http://www.vetpermutadora.pt/pragas_urbanas.htm

terça-feira, 20 de maio de 2008

Os corantes e conservantes artificiais e problemas de comportamento

No outono de 2002, foi publicado o primeiro estudo patrocinado pelo governo da Grã-Bretanha para encontrar a relação existente entre colorantes e conservantes artificiais e problemas de comportamento.

Durante duas semanas, 277 crianças com três anos de idade beberam suco de fruta acrescido de 20 ml de colorantes artificiais (E102, E110, E122, E124) e um conservante artificial (E211). Em seguida as crianças tomaram suco de frutas sem colorantes e conservantes durante mais duas semanas.

Os pais controlaram as crianças durante todo o mês e preencheram um questionário detalhado sobre o comportamento dos filhos. As respostas mostraram que:
os colorantes e o conservante artificiais aumentaram muito a hiperatividade;
a remoção das substâncias provocou uma melhora significativa do comportamento;
todas as crianças se beneficiaram da remoção, não apenas aquelas que já apresentavam hiperatividade.


Os pesquisadores do Centro Britânico de Asma e Alergia, na ilha de Wight, salientam os benefícios sociais e a redução de custos que poderiam ser conseguidos pela remoção de colorantes e aditivos alimentares que, em alguns países, já estão proibidos.


Fonte:
http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/19874

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Biotecnologia: Descoberto método mais barato para identificar genes de doenças

Investigadores suecos desenvolveram um novo método de sequenciação do ADN muito mais barato do que os utilizados actualmente pelos laboratórios para identificar genes de doenças, segundo um estudo publicado pela revista científica Nature Biotechnology.

Os cientistas, do Instituto Karolinska de Estocolmo, esperam que o seu método permita a identificação de genes de doenças em grandes grupos de pacientes e facilite a descoberta de novos tratamentos para uma ampla variedade de doenças.

A sequenciação do ADN permite identificar genes de doenças, compreender como as bactérias e os vírus causam infecções e traçar a evolução da humanidade e de outras espécies.
Quando o projecto HUGO (acrónimo em inglês para Organização do Genoma Humano) sequenciou o primeiro genoma humano, em 2000, foram precisos dez anos e mais de 100 milhões de euros.

O método agora desenvolvido pela equipa dirigida por Sten Linnarsson, do Departamento de Bioquímica e Biofísica Médica do Instituto Karolinska, permitiria mapear o genoma humano por um décimo dos custos actuais.

Os cientistas retiraram o ADN da bactéria E. coli e dividiram-no em pequenos fragmentos, cada um deles com um comprimento de cerca de 200 nucleótidos (os elementos básicos do ADN: A,C,G e T). Esses fragmentos foram depois espalhados e fixados numa lâmina de micoscópio de modo a tornar possível observar simultaneamente vários milhões de fragmentos.

Estes fragmentos foram a seguir mergulhados num fluido com pequenas sequências de ADN de cinco nucleótidos marcadas com uma tinta fluorescente que lhes permitiu analisar que tipo de sequência de ADN aderia a que fragmento.

Depois de combinarem todas as sequências possíveis de ADN com vários milhões de fragmentos, os cientistas conseguiram juntar as sequências numa cadeia completa com todo o genoma da bactéria, num total de 4,5 milhões de nucleótidos.

"Tudo acontece no instrumento que construímos, de que faz parte um microscópio capaz de fotografar fragmentos de ADN, uma pipeta automática e uma pequena câmara com uma superfície de vidro na qual ocorre a reacção", explica Sten Linnarsson, citado pelo site europeu de actualidade científica AlphaGalileo.

Esta não é a primeira vez que cientistas suecos desenvolvem com êxito novos métodos de sequenciação de ADN. Há dez anos, Pal Nyrén e colegas do Instituto Real de Tecnologia descobriram um dos métodos mais comuns de sequenciação de ADN actualmente usados, o da Piro-sequenciação.


Fonte:
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/31276e499e98f2d2a0f2de.html

quarta-feira, 12 de março de 2008

PCR

A técnica de PCR (Reacção Polimerase em Cadeia), amplamente utilizada em laboratórios de pesquisa e clínicos, consiste em produzir automaticamente milhões de cópias de um único segmento de DNA. Tal façanha depende da habilidade das enzimas copiadoras de DNA.

A Técnica de PCR tem inúmeras aplicações. Na clínica, por exemplo, é utilizado no diagnóstico de doenças infecciosas e na detecção de eventos patológicos raros. Na criminalística, um único fio de cabelo pode identificar o doador. Na paleontologia molecular, a amplificação de amostras de DNA extraídas de fósseis incrustados e preservados no ambar há mais de 120 milhões de anos permite a determinação da seqüência desta molécula para estudos evolutivos.

Fonte: www.madasa.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=80&Itemid=151&lang=pt_br


Reflexão:
O uso da técnica do PCR também é importante para o dianóstico de doenças hereditárias e doenças infecciosas, nos estudos forenses e em estudos moleculares.
O PCR é uma técnica muito importante da Engenharia Genética, pois existem vários procedimentos no nosso dia-a-dia que implicam o uso da mesma.

terça-feira, 11 de março de 2008

Decifrada genética do Lúpus


Até agora sem cura, o Lúpus, uma doença auto-imune que provoca várias lesões graves no organismo humano, incluindo em alguns órgãos vitais, como o coração, começa agora a revelar a sua origem. Mutações em vários genes são responsáveis pela doença e a sua identificação abre agora portas à cura.

Mutações em pelo menos seis genes estão associadas ao surgimento do Lúpus Eritematoso Sistémico (LES), uma doença auto-imune (em que o sistema imunitário do paciente se volta contra o próprio organismo, devido a uma falha de reconhecimento) que afecta maioritariamente as mulheres.

A descoberta destas variações genéticas foi feita por várias equipas internacionais e publicada na Nature Genetics e no New England Journal of Medicine. Os novos estudos abrem portas à compreensão dos finos mecanismos moleculares na origem desta complexa doença e também ao desenvolvimento de terapias que ajudem a melhorar a qualidade de vida destes doentes e, eventualmente, à sua cura.
Num rastreio genético realizado em mais de três mil mulheres com a doença de Lúpus, um grupo de investigadores britânicos, norte-americanos e suecos, liderado por Timothy Vyse, do Imperial College de Londres, detectou em três genes diferentes a correlação mais evidente com a doença.
Um deles é o ITGAM, um gene que codifica uma molécula envolvida no funcionamento do sistema imunitário. O seu papel é o de marcar as bactérias e outros agentes infecciosos de forma a que as células do sistema imunitário possam reconhecê-los e atacá-los.

As mutações detectadas noutros dois genes – o PXK e o KIAA1542 – nestes estudos são, no entanto, menos evidentes. A sua associação à doença surgiu até como uma surpresa, mas a descoberta abre pelo menos novos caminhos de trabalho.
Outros três genes foram ainda identificados como estando associados a esta doença, que afecta 31 em cada cem mil mulheres europeias. Esses genes, nomeadamente o LYN e o BLK, estão associados às funções dos linfócitos B, as células do sistema imunitário que têm um papel-chave na produção dos anticorpos.
Fonte: www.pcd.pt/noticias/ver.php?id=6482


segunda-feira, 10 de março de 2008

Molécula natural do corpo pode proteger o sistema imunitário

Uma molécula produzida naturalmente pelo organismo pode impedir a destruição das células do sistema imunitário quando de uma infecção pelo vírus da Sida e pode contribuir na reconstituição das que foram destruídas pela infecção.

O vírus da Sida ataca o sistema de defesa do organismo ao dissimular-se no interior das células imunitárias linfocito-T.

Ao longo da progressão da infecção, as células linfocito-T autodestroem-se, efectuando um suicídio celular chamado de apoptose e que se propaga às células ainda não afectadas.

Para impedir a autodestruição das células do sistema imunitário, os investigadores testaram o papel da molécula interleucina 7 (IL-7) em amostras sanguíneas de 24 pessoas infectadas com o vírus da sida em diferentes fases.

O sangue dos doentes tratado com a molécula IL-7 mostrou uma redução de apoptose e uma diminuição dos marcadores moleculares da infecção, o que se traduziu por um reforço do sistema imunitário.

Os efeitos do IL-7 variaram em função do grau de avanço da infecção mas estes resultados indicam que a molécula pode ser utilizada para reconstituir as células imunitárias danificadas pelo vírus da Sida.

Fonte: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=269438&visual=26


domingo, 9 de março de 2008

Alergias

As alergias representam um estado de hipersensibilidade mediado por mecanismos imunológicos. São uma resposta anormal de defesa do organismo diante da presença de agentes estranhos (alérgenos) que normalmente não afectam a maioria das pessoas.

Estas reacções são provocadas pelos mastócitos, células que contêm grânulos de heparina (acção anticoagulante) e histamina (provoca reacções alérgicas). Os indivíduos com predisposição hereditária acabam por produzir anticorpos em maior quantidade de uma classe especial, chamada Imunoglobulina E (IgE), que se fixam às membranas dos mastócitos. Caso entrem em contacto com os seus antigénios (alérgenos) específicos, promovem a libertação do conteúdo celular para o meio extracelular, desencadeando processos alérgicos. Os pacientes alérgicos apresentam uma elevada concentração de IgE e de eosinófilos.

Principais alérgeneos:
  • Ácaros do pó da casa

  • Pólen

  • Alguns alimentos

  • Picadas de insectos



Fonte: www.pwp.netcabo.pt/sistema.imune/





OGM

Há já algum tempo que a ciência consegue fazer algo de que a natureza é incapaz: transplantar as propriedades de uma espécie – planta, animal ou ser humano – para uma outra espécie. Foi desta forma que nasceram os organismos geneticamente modificados (OGM). A modificação genética é, essencialmente, aplicada no sector da saúde (por exemplo, na indústria farmacêutica) e na produção alimentar (de natureza vegetal ou animal). À semelhança do que acontece nos países vizinhos, também em Portugal a cultura de OGM destinados à alimentação não é admitida senão a título experimental. Mas têm sido encontrados à venda no nosso país alimentos com ingredientes geneticamente modificados importados.
Esta nova técnica está na origem de um interessante debate entre aqueles que a defendem e os que a criticam.

A polémica mais acesa em torno da possibilidade das modificações genéticas tem que ver com a agricultura e a alimentação. Os mais críticos realçam os eventuais riscos que comportam para o Homem e o meio ambiente, a ausência de vantagens do ponto de vista social e a ameaça de domínio por parte das multinacionais. Os seus defensores, pelo contrário, baseiam os seus argumentos nas medidas severas tomadas com o objectivo de eliminar os riscos e nas várias vantagens que estes organismos podem trazer no futuro.

Facto é que a natureza é utilizada como um laboratório para experiências, cujos efeitos a longo prazo ainda não são possíveis determinar. É, de resto, essa a razão pela qual esta técnica suscita tanta desconfiança nos vários quadrantes da sociedade e pela qual garantias de segurança tão severas quanto possível são tão insistentemente exigidas.
Este sítio da DECO/Pro Teste responde às principais questões relativas aos OGM, com base no actual conhecimento científico nesta matéria. Examinamos também como e em que condições a biotecnologia moderna poderia contribuir para cuidados de saúde eficazes e acessíveis, para a produção de alimentos de qualidade em quantidade suficiente, e para a obtenção de um nível aceitável de bem-estar geral.


Fonte: http://www.gmo-ogm.org/p/index.html

Reflexão:
Os OGM podem trazer vantagens, pois podemos obter plantas mais resistentes a doenças, ao calor, entre outros. Mas os OGM podem trazer consequências imprevisíveis para a saúde humana e para o ambiente.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Fundamentos da Engenharia Genética

A engenharia genética permite manipular directamente os genes de determinados organismos com objectivos práticos. São várias as aplicações da Engenharia Genética e as técnicas utilizadas.

O objectivo da engenharia genética consiste em isolar e transferir genes, responsáveis pela produção de certas substâncias (por exemplo, as proteínas), para outros seres vivos que não produziam estas substâncias, de modo a serem funcionais nestes seres.

Tecnologia de DNA recombinante

Permite combinar na mesma molécula de DNA genes provenientes de fontes diferentes, mas não necessariamente de espécies diferentes, dando origem a uma molécula de DNA recombinante (rDNA).

Quais os objectivos de clonar genes?

1)Produção de uma grande quantidade de um gene específico.

2) Produção de grandes quantidades de uma proteína codificada num gene

Enzimas de restrição

As primeiras enzimas de restrição foram obtidas a partir de microrganismos e têm um papel de defesa contra a invasão de DNA estranho (por exemplo, vírico).



Quando esta invasão acontece, as enzimas de restrição cortam a porção de DNA de forma específica – processo designado restrição, não danificando a molécula original.

Características das enzimas de restrição

* São as enzimas chave no processo de clonagem de genes ou fragmentos de DNA.

* Foram obtidas a partir de microrganismos, nos quais fazem parte de um sistema de defesa à invasão de DNA estranho (expl. Vírus).

*Cortam o DNA em locais específicos, inactivando-o mas não digerindo o DNA endógeno que se encontra modificado em certas sequências.

*Reconhecem sequências específicas de DNA em cadeia dupla (tipicamente sequências de 4 ou 6 nucleótidos)

Vectores

Um vector é uma entidade, constituída por DNA, que transfere o DNA de uma célula ou de um organismo dador para a célula de um organismo receptor. Os vectores mais utilizados são os plasmídeos e os bacteriófagos. Os plasmídeos são pequenas moléculas circulares de DNA que ocorrem em algumas bactérias, leveduras e células vegetais.

Características dos vectores:

a) Contêm uma origem de replicação que lhes permitem dividirem-se no hospedeiro.

b) Têm locais onde cortam enzimas de restrição e é possível introduzir (clonar) fragmentos de DNA.

c) Possuem marcas de selecção (como um gene que codifica resistência a um antibiótico que permite seleccionar hospedeiros que contêm o vector.


A obtenção e expressão de uma molécula de rDNA ocorre do seguinte modo:

Selecciona-se uma molécula de DNA dadora, contendo o gene com interesse que se pretende transferir e clonar, e um vector adequado.

A molécula de DNA e o vector são tratados com a mesma enzima de restrição, que corta as duas moléculas em regiões com a mesma sequência de nucleótidos

Misturam-se os fragmentos de restrição da molécula de DNA e o vector, e juntam-se ligases do DNA. O vector e os fragmentos de restrição emparelham pelas extremidades coesivas, que são complementares, e a ligase estabelece a ligação.

O vector, contendo o DNA dador, é transferido para uma molécula ou organismo receptor.


O DNA dador é incorporado no genoma da célula ou do organismo receptor, que passa a possuir um DNA recombinante.



Um meio selectivo ou testes químicos permitem identificar as células que exprimem o gene desejado. No processo descrito formam-se fragmentos de restrição que não têm o gene desejado e nem todas as células receptoras incorporam o DNA dador.



Fonte: www.miguelcorreia25.googlepages.com/fundamentosdeengenhariagen%C3%A9tica2




terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Perguntas e Respostas sobre transgénicos

O que é a engenharia genética aplicada aos alimentos?

"Esta é uma tecnologia imperfeita que traz o perigo....O mais preocupante é a impresibilidade dos seus resultados"

A engenharia genética permite que cientistas usem os organismos vivos como matéria prima para mudar as formas de vida já existentes e criar novas.

Um gene é um segmento de DNA que, combinado com outros genes, determina a composição das células. Um gene possui uma composição química que vai determinar o seu comportamento. Como isso é passado de geração em geração, a descendência herda estes traços de seus pais. Desenvolvendo-se constantemente, os genes permitem que o organismo se adapte ao ambiente. Este é o processo da evolução.

A engenharia genética utiliza enzimas para quebrar a cadeia e DNA em determinados lugares, inserindo segmentos de outros organismos e costurando a sequência novamente. Os cientistas podem "cortar e colar" genes de um organismo para outro, mudando a forma do organismo e manipulando sua biologia natural a fim de obter características específicas. Este método é muito diferente do que ocorre naturalmente com o desenvolvimento dos genes. O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afectados.

O aumento da preocupação com a ética e os riscos envolvendo a engenharia genética são muitos. Primeiro porque os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em animais. Segundo

Quanto mais os genes são isolados de suas fontes naturais, maior é o controle dos cientistas sobre a vida. Eles podem criar forma de vida próprias (animais, plantas, árvores e alimentos), que jamais ocorreriam naturalmente.

O que a engenharia genética está fazendo?

A maioria dos alimentos mais importantes do mundo são o grande alvo da engenharia genética. Muitas variedades já foram criadas em laboratório e outras estão em desenvolvimento.

O
cultivo irrestrito e o marketing de certas variedades de tomate , soja, algodão, milho, e batata já foram permitidos nos EUA.


Além dos transgênicos já comercializados, algumas variedades aguardam autorização:

- salmão, truta e arroz, que contem um gene humano introduzido;
- batatas com um gene de galinha;
- pepino e tomates com genes de vírus e bactérias.


Até o momento, há uma grande oposição à contaminação genética dos alimentos. São consumidores, distribuidores e produtores de alimentos que exigem comida "de verdade", sem ingredientes transgênicos. Apesar da preocupação, a introdução descontrolada de transgênicos continua a crescer em níveis alarmantes. A menos que a oposição se sustente e ganhe força nos próximos anos, um aumento drástico destes alimentos pode ocorrer, e a opção de evita-los poderá ficar cada vez mais difícil.


Quais são os impactos da engenharia genética?


Como nunca nenhum gene funcionou isolado, sempre haverá um efeito inesperado e imprevisível de um gene estrangeiro introduzido em um outro organismo.


Enquanto a engenharia genética continua a criar novas formas de vida que se desenvolveriam naturalmente, ela se recusa a reconhecer o quão sérios são seus riscos potenciais.

Riscos para a saúde


Os cientistas já introduziram genes de bactérias, escorpião e água viva em alimentos cultiváveis. Os testes de segurança sobre estes novos alimentos contendo genes estrangeiros - e as regulações para sua introdução - até agora têm sido extremamente inadequados.


Embora a engenharia genética possa causar uma grande variedade de problemas para o meio ambiente e para a saúde, os testes para provar sua segurança são muito superficiais.

As medidas que tentam garantir a segurança dos alimentos transgênicos são tão fracas quanto as que tratam dos riscos ambientais. No entanto, autoridades que regulamentam este tipo de produto nos EUA, como o Departamento de Agricultura Americano e a FDA, continuam a aprovar o uso e a distribuição de produtos transgênicos. Na maioria dos casos, as decisões foram baseadas nas evidências apresentadas pelas próprias empresas. Na União Europeia, há um critério mais rigoroso. Em função da pressão dos consumidores, a autorização para a plantação e comercialização para novos organismos transgênicos está suspensa até que a legislação seja reestruturada, porque esta não consegue assegurar padrões de segurança para o meio ambiente e a saúde humana.

Fonte: http://brazil.indymedia.org/eo/blue/2003/08/260886.shtml

Reflexão:
Na minha opinião, penso que o uso de alimentos transgénicos pode ser algo assustador para a nossa saúde, pois os resultados destes na nossa saúde são impossíveis de prever. Os testes e os meios de controlo que potencializam os efeitos perigosos dos cultivos e dos alimentos, talvez seje perigoso quando for tarde demais.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

O QUE SÃO AS DOENÇAS NEUROMUSCULARES?

O termo “Doenças Neuromusculares” aplica-se a um conjunto de mais de 40 patologias diferentes já identificadas e engloba as doenças dos músculos (Miopatias), doenças dos nervos (Neuropatias) doenças dos cornos anteriores da medula (Atrofias Espinhais) e as perturbações da junção neuromuscular (Miastenias).

Estas são doenças genéticas, hereditárias e progressivas e todas têm em comum a falta de força muscular, necessitando de apoios e ajudas técnicas semelhantes – cadeiras de rodas eléctricas ou andarilhos para a locomoção, computadores para a escrita, apoios de cabeça e/ou outras ajudas para a manipulação.


Os músculos respiratórios e o músculo cardíaco são frequentemente afectados, provocando dificuldades respiratórias e cardíacas. A fraqueza muscular atinge também os músculos da coluna vertebral, surgindo escolioses que vão ainda agravar as dificuldades respiratórias. Ao nível das extremidades, surgem deformações e retracções tendinosas que dificultam ainda mais os movimentos. Apesar de toda a fraqueza muscular e deformações articulares, os doentes neuromusculares mantêm um nível intelectual normal.

A maioria destas doenças não têm cura. No entanto, os diversos problemas que afectam os doentes podem ser minorados com o apoio de equipas multidisciplinares, englobando neuropediatras, neurologistas, fisiatras, ortopedistas, psicólogos, cardiologistas e especialistas das funções respiratórias, trabalhando em comum.

QUANTAS PESSOAS ESTÃO AFECTADAS POR DOENÇAS NEUROMUSCULARES?


Estima-se que em Portugal, país com cerca de 10 milhões de habitantes, e de acordo com dados internacionais, existam cerca de 5000 doentes com Doenças Neuromusculares que se encontram distribuídos por diferentes patologias.

Um inquérito realizado em 11 das 13 Consultas de Neuropediatria existentes no País revelou a existência, nos últimos 10 anos, de 659 doentes com doenças neuromusculares em idade pediátrica. Em 599 destes doentes foi identificada uma doença genética. Na maioria destas crianças o apoio precoce a estas situações, por parte dos pais e técnicos de saúde, nomeadamente no respeitante ao diagnóstico e terapêutica, faz-nos prever que atingiram, ou irão atingir, a idade adulta com situações relativamente controladas e que irão depender de cuidados de saúde continuados e acessíveis, para manterem a sua integração na sociedade e a qualidade de vida e o tempo de sobrevida para os quais este apoio precoce os preparou.

Também os restantes doentes adultos, alguns com diagnóstico mais tardio ou falta de apoio, apresentam hoje agravados e progressivos problemas médicos e sociais o que torna imperioso o seu apoio adequado através de cuidados continuados.


NECESSIDADES BÁSICAS ESSENCIAIS PARA UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA:

  • Criar condições para que todas as limitações inerentes à doença sejam supridas.
  • Acompanhamento médico especializado em consultas multidisciplinares.
  • Atribuição de ajudas técnicas adaptadas e em tempo útil face à progressão da doença.
  • Em alguns casos, felizmente, raros, uso de suplementos alimentares como substituto da alimentação normal por incapacidade de mastigação e dificuldade de deglutição.
  • Necessidade de uma terceira pessoa em permanência para as actividades da vida diária.
  • Apoio acrescido às famílias (psicológico, económico e outros), tentando compensar os elevados custos (materiais e emocionais) inerentes ao acompanhamento de alguns destes doentes.
  • Implementação efectiva de medidas de acessibilidades.
  • Criação de um centro de referência e qualidade para os doentes neuromusculares.
Fonte: www.apn.pt/doencas/

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Cancro

O que é o cancro?

A palavra cancro é utilizada genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que são os tumores malignos.

Os tumores malignos são muito diversos, havendo causas, formas de evolução e tratamentos diferentes para cada tipo. Há, porém, uma característica comum a todos eles: a divisão e o crescimento descontrolado das células.

Existem dois tipos de tumores: os benignos e os malignos. Neoplasia é também uma designação frequente para tumor.

Os tumores malignos, ao contrário dos tumores benignos, possuem duas características potenciais, que podem ou não estar expressas na altura em que a doença é diagnosticada:

  • Podem-se espalhar por metástases, isto é, aparecer tecido tumoral noutros órgãos diferentes daquele de onde se origina (por exemplo: fígado, pulmão, osso, etc);
  • Podem infiltrar outros tecidos circunvizinhos, incluindo órgãos que estão próximos.

Os tumores malignos são aqueles a que normalmente chamamos cancro. As doenças cancerosas são também designadas por oncológicas.

Como surge o cancro?

O cancro surge quando as células normais se transformam em células cancerosas ou malignas. Isto é, adquirem a capacidade de se multiplicarem e invadirem os tecidos e outros órgãos.

A carcinogénese, o processo de transformação de uma célula normal em célula cancerosa, passa por diferentes fases. As substâncias responsáveis por esta transformação designam-se agentes carcinogéneos. São exemplos de carcinogéneos as radiações ultravioletas do sol, os agentes químicos do tabaco, etc.

Para que se desenvolva um cancro é necessário que, de forma cumulativa e continuada, se produzam alterações celulares durante um largo período de tempo, geralmente durante anos.

Como resultado, cresce o número de células que apresentam alterações de forma, tamanho e função e que possuem a capacidade de invadir outras partes do organismo.

Quais são os tipos de cancro?

Os cancros classificam-se de acordo com o tipo de células avaliado pela anatomia patológica, em:

  • Carcinoma - Tumor maligno que se origina em tecidos que são compostos por células epiteliais, ou seja, que estão em contacto umas com as outras, formando estruturas contínuas, como, por exemplo, a pele, as glândulas, as mucosas. Aproximadamente 80 por cento dos tumores malignos são carcinomas.
  • Sarcoma - Tumor maligno que tem origem em células que estão em tecidos de ligação, por exemplo ossos, ligamentos, músculos, etc. Nestes, as células estão unidas por substância intercelular e não são epitélios, são tecidos conjuntivos.
  • Leucemia - Vulgarmente conhecida como o cancro no sangue. As pessoas com leucemia apresentam um aumento considerável dos níveis de glóbulos brancos (leucócitos). Neste caso, as células cancerosas circulam no sangue e não há normalmente um tumor propriamente dito.
  • Linfoma - Cancro no sistema linfático. O sistema linfático é uma rede de gânglios e pequenos vasos que existem em todo o nosso corpo e cuja função é a de combater as infecções. O linfoma afecta um grupo de células chamadas linfócitos. Os dois tipos de linfomas principais são o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin.

É possível detectar o cancro precocemente?

Alguns tipos de cancro podem ser detectados precocemente.

A detecção precoce e o tratamento adequado imediato levam ao prolongamento do tempo de vida. Quanto mais cedo for detectado, maior a probabilidade de cura do cancro.


www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/cancro/cancro.htm


Reflexão:

O cancro é uma doença muito presente nos dias de hoje. O cancro da mama, do colo do útero, da próstata... são os mais vulgares.
Mas nós podemos prevenir de alguma forma o aparecimento de cancros, através de rastreios, não nos expormos a radiações.


sábado, 26 de janeiro de 2008

Síndrome de Down


Histórico

John Down foi um médico britânico reconhecido pelo extenso trabalho com crianças com deficiência mental. Descreveu em 1866, pela primeira vez, as características de uma criança com síndrome de Down, utilizando o termo “mongolismo”, por estas apresentarem características similares ao povo da Mongólia.

Só mais tarde, em 1958, o francês Jerome Lejeune descobriu que as pessoas descritas pelo John Langdon Down tinham uma síndrome genética. A anomalia recebe o nome de Síndrome de Down como forma de homenagear John Down.

Síndrome de Down

A Síndrome de Down também é conhecida por trissomia 21. Esta doença é uma doença genética, que ocorre durante a divisão celular do embrião, causada por uma acidente que pode ocorrer no óvulo, no espermatozóide ou após a união dos dois e, em ambas divisões meióticas que provocam alterações cromossómicas.

O número de cromossomas presentes nas células de uma pessoa são 46. No caso da Síndrome de Down há um erro na distribuição e, ao invés de 46, as células recebem 47 cromossomos e este cromossomo a mais liga-se ao par 21. Ocorre quando as crianças nascem com três cromossomas 21.

Tipos de Síndrome de Down

Existem três tipos de anomalias cromóssomicas na Síndrome de Down:

Trissomia simples (padrão):

A pessoa possui 47 cromossomas em todas as células (ocorre em cerca de 95% dos casos). A causa da trissomia simples do cromossoma 21 é a não disjunção cromossómica.

Trissomia por translocação:

O cromossoma 21 está aderido a outro par. Neste caso, embora o indivíduo tenha 46 cromossomas, ele é portador da Síndrome de Down (cerca de 3% dos casos).

Mosaico

A alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja, algumas células têm 47 cromossomas e outras 46 cromossomas (ocorre em cerca de 2%).

Os casos de mosaicismo podem originar-se da não disjunção mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal.

Algumas características dos portadores de Síndrome de Down

. Habilidade cognitiva abaixo da média;

. Rosto com contorno achatado;

. Olhos têm uma inclinação lateral para cima;

. Pálpebras estreitas e levemente oblíquas;

. Orelhas pequenas;

. Canais do ouvido são estreitos;

. Boca pequena;

. Fraqueza muscular;

. Pescoço curto;

. Estatura baixa

. As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos;

. Nos homens o pénis é pequeno;

. Nas mulheres os lábios e o clitóris são pouco desenvolvidos;

. Os homens são estéreis;

. As mulheres têm menstruação, embora não seja regular;

Causas

Idade da mãe;

Risco aproximado de nascimento da criança com Síndrome de Down no caso de mães de diversas idades, que nunca tiveram uma criança com esta Síndrome

Risco aproximado de nascimento da criança com Síndrome de Down no caso de mães de diversas idades, que já tiveram uma criança com esta Síndrome

Idade da mãe ao nascer a criança:

Risco de nascer criança com Síndrome de Down

Idade da mãe ao nascer a criança:

Risco de nascer criança com Síndrome de Down

menos de 35 anos

0,1%

menos de 35 anos

1,0%

de 35 a 39 anos

0,5%

de 35 a 39 anos

1,5%

de 40 a 44 anos

1,5%

de 40 a 44 anos

2,5%

acima de 45 anos

3,5%

acima de 45 anos

4,5%

Métodos de Diagnóse

O diagnóstico é feito através do cariótopo, que é a representação do conjunto de cromossomos de uma célula. O cariótipo é, geralmente, realizado a partir do exame dos leucócitos obtidos a partir de uma pequena amostra de sangue. Somente este exame comprova o cromossoma extra com um número total de 47, como resultante de uma trissomia do cromossoma 21. Também pode ser realizado antes do nascimento, depois da 11º semana.

Métodos que podem contribuir para um aumento do desenvolvimento da criança

. Intervenção precoce na aprendizagem;

. Ambiente familiar estável;

Até ao momento não há cura para a Síndrome de Down, pois é uma anomalia das próprias células.