quarta-feira, 12 de março de 2008

PCR

A técnica de PCR (Reacção Polimerase em Cadeia), amplamente utilizada em laboratórios de pesquisa e clínicos, consiste em produzir automaticamente milhões de cópias de um único segmento de DNA. Tal façanha depende da habilidade das enzimas copiadoras de DNA.

A Técnica de PCR tem inúmeras aplicações. Na clínica, por exemplo, é utilizado no diagnóstico de doenças infecciosas e na detecção de eventos patológicos raros. Na criminalística, um único fio de cabelo pode identificar o doador. Na paleontologia molecular, a amplificação de amostras de DNA extraídas de fósseis incrustados e preservados no ambar há mais de 120 milhões de anos permite a determinação da seqüência desta molécula para estudos evolutivos.

Fonte: www.madasa.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=80&Itemid=151&lang=pt_br


Reflexão:
O uso da técnica do PCR também é importante para o dianóstico de doenças hereditárias e doenças infecciosas, nos estudos forenses e em estudos moleculares.
O PCR é uma técnica muito importante da Engenharia Genética, pois existem vários procedimentos no nosso dia-a-dia que implicam o uso da mesma.

terça-feira, 11 de março de 2008

Decifrada genética do Lúpus


Até agora sem cura, o Lúpus, uma doença auto-imune que provoca várias lesões graves no organismo humano, incluindo em alguns órgãos vitais, como o coração, começa agora a revelar a sua origem. Mutações em vários genes são responsáveis pela doença e a sua identificação abre agora portas à cura.

Mutações em pelo menos seis genes estão associadas ao surgimento do Lúpus Eritematoso Sistémico (LES), uma doença auto-imune (em que o sistema imunitário do paciente se volta contra o próprio organismo, devido a uma falha de reconhecimento) que afecta maioritariamente as mulheres.

A descoberta destas variações genéticas foi feita por várias equipas internacionais e publicada na Nature Genetics e no New England Journal of Medicine. Os novos estudos abrem portas à compreensão dos finos mecanismos moleculares na origem desta complexa doença e também ao desenvolvimento de terapias que ajudem a melhorar a qualidade de vida destes doentes e, eventualmente, à sua cura.
Num rastreio genético realizado em mais de três mil mulheres com a doença de Lúpus, um grupo de investigadores britânicos, norte-americanos e suecos, liderado por Timothy Vyse, do Imperial College de Londres, detectou em três genes diferentes a correlação mais evidente com a doença.
Um deles é o ITGAM, um gene que codifica uma molécula envolvida no funcionamento do sistema imunitário. O seu papel é o de marcar as bactérias e outros agentes infecciosos de forma a que as células do sistema imunitário possam reconhecê-los e atacá-los.

As mutações detectadas noutros dois genes – o PXK e o KIAA1542 – nestes estudos são, no entanto, menos evidentes. A sua associação à doença surgiu até como uma surpresa, mas a descoberta abre pelo menos novos caminhos de trabalho.
Outros três genes foram ainda identificados como estando associados a esta doença, que afecta 31 em cada cem mil mulheres europeias. Esses genes, nomeadamente o LYN e o BLK, estão associados às funções dos linfócitos B, as células do sistema imunitário que têm um papel-chave na produção dos anticorpos.
Fonte: www.pcd.pt/noticias/ver.php?id=6482


segunda-feira, 10 de março de 2008

Molécula natural do corpo pode proteger o sistema imunitário

Uma molécula produzida naturalmente pelo organismo pode impedir a destruição das células do sistema imunitário quando de uma infecção pelo vírus da Sida e pode contribuir na reconstituição das que foram destruídas pela infecção.

O vírus da Sida ataca o sistema de defesa do organismo ao dissimular-se no interior das células imunitárias linfocito-T.

Ao longo da progressão da infecção, as células linfocito-T autodestroem-se, efectuando um suicídio celular chamado de apoptose e que se propaga às células ainda não afectadas.

Para impedir a autodestruição das células do sistema imunitário, os investigadores testaram o papel da molécula interleucina 7 (IL-7) em amostras sanguíneas de 24 pessoas infectadas com o vírus da sida em diferentes fases.

O sangue dos doentes tratado com a molécula IL-7 mostrou uma redução de apoptose e uma diminuição dos marcadores moleculares da infecção, o que se traduziu por um reforço do sistema imunitário.

Os efeitos do IL-7 variaram em função do grau de avanço da infecção mas estes resultados indicam que a molécula pode ser utilizada para reconstituir as células imunitárias danificadas pelo vírus da Sida.

Fonte: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=269438&visual=26


domingo, 9 de março de 2008

Alergias

As alergias representam um estado de hipersensibilidade mediado por mecanismos imunológicos. São uma resposta anormal de defesa do organismo diante da presença de agentes estranhos (alérgenos) que normalmente não afectam a maioria das pessoas.

Estas reacções são provocadas pelos mastócitos, células que contêm grânulos de heparina (acção anticoagulante) e histamina (provoca reacções alérgicas). Os indivíduos com predisposição hereditária acabam por produzir anticorpos em maior quantidade de uma classe especial, chamada Imunoglobulina E (IgE), que se fixam às membranas dos mastócitos. Caso entrem em contacto com os seus antigénios (alérgenos) específicos, promovem a libertação do conteúdo celular para o meio extracelular, desencadeando processos alérgicos. Os pacientes alérgicos apresentam uma elevada concentração de IgE e de eosinófilos.

Principais alérgeneos:
  • Ácaros do pó da casa

  • Pólen

  • Alguns alimentos

  • Picadas de insectos



Fonte: www.pwp.netcabo.pt/sistema.imune/





OGM

Há já algum tempo que a ciência consegue fazer algo de que a natureza é incapaz: transplantar as propriedades de uma espécie – planta, animal ou ser humano – para uma outra espécie. Foi desta forma que nasceram os organismos geneticamente modificados (OGM). A modificação genética é, essencialmente, aplicada no sector da saúde (por exemplo, na indústria farmacêutica) e na produção alimentar (de natureza vegetal ou animal). À semelhança do que acontece nos países vizinhos, também em Portugal a cultura de OGM destinados à alimentação não é admitida senão a título experimental. Mas têm sido encontrados à venda no nosso país alimentos com ingredientes geneticamente modificados importados.
Esta nova técnica está na origem de um interessante debate entre aqueles que a defendem e os que a criticam.

A polémica mais acesa em torno da possibilidade das modificações genéticas tem que ver com a agricultura e a alimentação. Os mais críticos realçam os eventuais riscos que comportam para o Homem e o meio ambiente, a ausência de vantagens do ponto de vista social e a ameaça de domínio por parte das multinacionais. Os seus defensores, pelo contrário, baseiam os seus argumentos nas medidas severas tomadas com o objectivo de eliminar os riscos e nas várias vantagens que estes organismos podem trazer no futuro.

Facto é que a natureza é utilizada como um laboratório para experiências, cujos efeitos a longo prazo ainda não são possíveis determinar. É, de resto, essa a razão pela qual esta técnica suscita tanta desconfiança nos vários quadrantes da sociedade e pela qual garantias de segurança tão severas quanto possível são tão insistentemente exigidas.
Este sítio da DECO/Pro Teste responde às principais questões relativas aos OGM, com base no actual conhecimento científico nesta matéria. Examinamos também como e em que condições a biotecnologia moderna poderia contribuir para cuidados de saúde eficazes e acessíveis, para a produção de alimentos de qualidade em quantidade suficiente, e para a obtenção de um nível aceitável de bem-estar geral.


Fonte: http://www.gmo-ogm.org/p/index.html

Reflexão:
Os OGM podem trazer vantagens, pois podemos obter plantas mais resistentes a doenças, ao calor, entre outros. Mas os OGM podem trazer consequências imprevisíveis para a saúde humana e para o ambiente.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Fundamentos da Engenharia Genética

A engenharia genética permite manipular directamente os genes de determinados organismos com objectivos práticos. São várias as aplicações da Engenharia Genética e as técnicas utilizadas.

O objectivo da engenharia genética consiste em isolar e transferir genes, responsáveis pela produção de certas substâncias (por exemplo, as proteínas), para outros seres vivos que não produziam estas substâncias, de modo a serem funcionais nestes seres.

Tecnologia de DNA recombinante

Permite combinar na mesma molécula de DNA genes provenientes de fontes diferentes, mas não necessariamente de espécies diferentes, dando origem a uma molécula de DNA recombinante (rDNA).

Quais os objectivos de clonar genes?

1)Produção de uma grande quantidade de um gene específico.

2) Produção de grandes quantidades de uma proteína codificada num gene

Enzimas de restrição

As primeiras enzimas de restrição foram obtidas a partir de microrganismos e têm um papel de defesa contra a invasão de DNA estranho (por exemplo, vírico).



Quando esta invasão acontece, as enzimas de restrição cortam a porção de DNA de forma específica – processo designado restrição, não danificando a molécula original.

Características das enzimas de restrição

* São as enzimas chave no processo de clonagem de genes ou fragmentos de DNA.

* Foram obtidas a partir de microrganismos, nos quais fazem parte de um sistema de defesa à invasão de DNA estranho (expl. Vírus).

*Cortam o DNA em locais específicos, inactivando-o mas não digerindo o DNA endógeno que se encontra modificado em certas sequências.

*Reconhecem sequências específicas de DNA em cadeia dupla (tipicamente sequências de 4 ou 6 nucleótidos)

Vectores

Um vector é uma entidade, constituída por DNA, que transfere o DNA de uma célula ou de um organismo dador para a célula de um organismo receptor. Os vectores mais utilizados são os plasmídeos e os bacteriófagos. Os plasmídeos são pequenas moléculas circulares de DNA que ocorrem em algumas bactérias, leveduras e células vegetais.

Características dos vectores:

a) Contêm uma origem de replicação que lhes permitem dividirem-se no hospedeiro.

b) Têm locais onde cortam enzimas de restrição e é possível introduzir (clonar) fragmentos de DNA.

c) Possuem marcas de selecção (como um gene que codifica resistência a um antibiótico que permite seleccionar hospedeiros que contêm o vector.


A obtenção e expressão de uma molécula de rDNA ocorre do seguinte modo:

Selecciona-se uma molécula de DNA dadora, contendo o gene com interesse que se pretende transferir e clonar, e um vector adequado.

A molécula de DNA e o vector são tratados com a mesma enzima de restrição, que corta as duas moléculas em regiões com a mesma sequência de nucleótidos

Misturam-se os fragmentos de restrição da molécula de DNA e o vector, e juntam-se ligases do DNA. O vector e os fragmentos de restrição emparelham pelas extremidades coesivas, que são complementares, e a ligase estabelece a ligação.

O vector, contendo o DNA dador, é transferido para uma molécula ou organismo receptor.


O DNA dador é incorporado no genoma da célula ou do organismo receptor, que passa a possuir um DNA recombinante.



Um meio selectivo ou testes químicos permitem identificar as células que exprimem o gene desejado. No processo descrito formam-se fragmentos de restrição que não têm o gene desejado e nem todas as células receptoras incorporam o DNA dador.



Fonte: www.miguelcorreia25.googlepages.com/fundamentosdeengenhariagen%C3%A9tica2